sábado, 26 de março de 2011

Panturrilas parte 2.



Treino de Panturrilhas;

Suas panturrilhas não desenvolvem? Estaria você fadado a ter micro panturrilhas a vida inteira? Saiba que é possível sim possuir panturrilhas bem desenvolvidas na grande maioria dos casos. É dificil alguem gostar de treinar panturrilhas, então muitas pessoas simplesmente deixam de lado esse grupo muscular não dando uma atenção necessária. Não é ficando meses no famoso 3×8 que você irá desenvolvê-las. Se você é um dos que treinam panturrilhas somente para não pesar a consciência e depois culpam a genética, pare e começe a usar seu tempo de forma produtiva.


Panturrilhas sofrem uma constante estimulação de baixa intensidade durante o dia todo, ao contrário de costas e peito por exemplo. Então é difícil estimular o crescimento nessa área similarmente ao que ocorre com outros grupos musculares.

O que você pode melhorar no seu treinamento de panturrilhas? Veja abaixo 10 dicas que você pode aplicar aos seus treinamentos:

1- Força de vontade: treine panturrilhas com a mesma vontade a qual você treina braços, peito e costas. Quando estamos chegando nas últimas repetições das ultimas séries é normal sentir-mos uma forte queimação. Não pare, continue até a musculatura falhar. Priorize o treinamento de panturrilhas.
2- Aumente as repetições: se você não está tendo bons resultados com baixas repetições tente aumentá-las. Quem sabe 12, 15 ou mais repetições podem ser boas.
3- Aumente a intensidade e freqüência: como dito, as panturrilhas precisam de mais estímulo. Treinar apenas uma vez por semana com peso leve pode ser pouco estímulo. Tente treinar 2 ou 3 vezes na semana, e com ‘pesos pesados’.
4- Tempo de descanso: as panturrilhas possuem um intervalo de recuperação mais curto, dê a elas descansos menores como 30 ou 45 segundos.
5- Numero de séries: ficar a vida toda no 3×8 não o levará a lugar algum. Aumente as séries, tente 4 ou 5 quem sabe.
6- Variação: varie o treinamento, os exercícios e angulação mês a mês. Não de chance das panturrilhas adaptarem-se ao seu treinamento. Fazer dorso-flexão (tirar o dedão do chão) entre as séries de panturrilha pode ser interessante.
7- Drop sets: abuse delas.
8- Não tenha pressa: cadencie. Levante o peso de forma lenta, e desça mais lentamente ainda.
9- Mantenha a carga no topo: ao final da fase positiva de cada repetição dê uma pausa de 1 ou 2 segundos.
10- Técnica de execução é fundamental: execute o exercício com boa técnica. Concentre a tensão nas panturrilhas.

Certamente essas dicas aqui não são nenhuma regra ou receita do sucesso. Tenha bom senso e procure sempre tentar perceber ao que seu corpo responde melhor.

Bons treinos.

Fonte:
Equipe Musculação Total. http://www.musculacaototal.com.br/treino-de-panturrilhas/

segunda-feira, 7 de março de 2011

PORQUE TREINAR PANTURRILHAS?

PANTURRILHAS

FISIOLOGIA

A panturrilha é a musculatura posterior da perna, formada basicamente por dois músculos: o gastrocnêmio e o sóleo. Músculos esses constituídos pelo tipo de fibra vermelhas, de contração lenta. Essa musculatura é muito importante para a realização de atividades rotineiras e físicas, por isso, a saúde dessa região no que diz respeito a sua vascularização, resistência e força deve ter uma grande importância para a manutenção de todas as funções relacionadas ao deslocamento do indivíduo.


AVALIAÇÃO DA BOMBA MUSCULAR DA PANTURRILHA ATRAVÉS DAPLETISMOGRAFIA A AR.
Por: Ms. André de Araújo Sacchi.

OBJETIVO: Avaliar a influência da dilatação das veias da panturrilha, veias surais e
gemelares, na bomba muscular da panturrilha, em pacientes com varizes primárias nos
membros inferiores.
MÉTODOS: É um estudo transversal prospectivo onde, após
exame clínico, pacientes foram avaliados com o auxílio do mapeamento dúplex, sendo
selecionados dois grupos contendo sessenta indivíduos cada, num total de cento e
vinte pacientes estudados. O primeiro grupo foi identificado por apresentar dilatação
das veias da panturrilha e o segundo grupo sem a dilatação. Os dois grupos foram
avaliados, em segundo momento, através da pletismografia a ar para o estudo da
função de bomba, mensurando as variáveis Fração de Ejeção e Fração do Volume
Residual, tanto para o membro inferior direito quanto esquerdo.
RESULTADOS: No grupo de pacientes que apresentava refluxo das veias da panturrilha, 82,3% (perna
esquerda) e 74,6% (perna direita) apresentaram Fração de Ejeção (FE) abaixo de 60%, com p<0,001; enquanto que 62,5% (perna esquerda), p=0,015 e 86,7% (perna direita)
p< 0,001, apresentaram índices da Fração do Volume Residual (FVR) acima dos 60%.
Não houve variação estatisticamente significante para o Índice de Enchimento Venoso
(IEV) entre os grupos com e sem refluxo das veias da panturrilha, com p=0,140 e
p=0,202, perna esquerda e direita respectivamente. Foram encontrados 63,6% dos
pacientes com refluxo das veias da panturrilha (perna esquerda) e 61,8% (perna direita) com Volume Ejetado acima de 150ml, p<0,001.
CONCLUSÕES: Houve diminuição na função da bomba muscular da panturrilha, em ambos os membros inferiores por conseqüência da dilatação das veias gemelares e surais. Porém, sem
alterar significativamente o volume ejetado em cada contração muscular.


Então, só pra finalizar pra vocês que não gostam de treinar as panturrilhas, ou arrumam desculpas do tipo, “não adianta treina-las pq não crescem” ou qualquer outra desculpa, pelo menos treinem para melhorar as funções fisiológicas, proporcionando um melhor retorno venoso e oxigenação muscular.